Suave Alva
Suave “Alva”
E a vida que se espreita por um fio
Encontra o seu mais certo desafio
A “Alva” de capa preta esquisita
Com ceifador nas mãos maldita
Bons e maus, a todas ela encontra
Não importa o quanto se apronta
É questão de tempo para o herói
Certeza dos maus que não condói
Mas mesmo as solitárias estrelas
Adornadas pelas rosas vermelhas
Encontram seus momentos de paz
Pois a “Alva” exerce função eficaz
No meio desta sina da vida de nós
Palavras sujas de covardes algoz
Alegram-se com risos melancólicos
Invocam seres dos maus diabólicos
Felizmente não é assim que acontece
Quem tá vivo também logo padece
De doença, de tristeza, de solidão
De magoas, de rancor, de compaixão
Esquecem que a maldita vingança
É apenas um prato de lambança
Deixa apenas sujeira nos lábios
Que faltarão ao beijarem o Cão.
E a vida, que espreita por um fio,
Compreende diante do desafio
E aponta para os despercebidos
Que são verdadeiros mortos vivos
Ainda antes do encontro com a “Alva”
A escuridão das dúvidas nos ensina:
Não há somente uma que se salva,
Somente o amor e perdão aglutina.
Então sente-se uma suave brisa
É o vento da companheira Marisa
Que passa perdoando e avisando
A “Alva” para todos está chegando...
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