Postagens

Mostrando postagens de novembro, 2020

Mãinha

 Mãinha Ainda menino conheci Mãinha Palavra nordestina e diferente Sem povoar a mente minha Fala em Cumaru meus parentes Mas lá todo menino e menina Tem sua Mãinha para viver Na hora do choro a socorrer Sua crescente alma pequenina Mainha é muito mais que mãe É expressão que vida expõe Mais belo que o barro Vitalino É o chamado Mãinha chorado De Cumaru eu me "alembro" Pegando galinhas no terreiro Buscando água no barreiro Acalmando infantis berreiros A Mãinha  di Carminha,      di Lourdinha,           di Socorro,                di Do Céu                di Gracinha            di Lucinha        di Heleno    di Dedé A Mãinha que conheci  Vina da Água Salgada Nenhuma salobra bebi Desta doçura amada. Cada um tem sua Mãinha E aprendi nessa jornada A chamar a mãe amada De minha Mãinha Sagrada! Vovó Mãinha Vina, Nunca vou te esquecer. Autor: NATALINO ROGÉLIO OLIVEIRA SOARES 08/08/2020. Para minha Avó Vina.

Negro de alma branca

 Negro de alma branca Eis um rótulo depreciativo para todo o negro, mas útil para reflexão da formação de identidade dos afrodescendentes da diáspora africana do período da colonização (invasão) das Américas. Certa vez, no canal Futura, o repórter perguntou a um seguidor branco da Religião Jamaicana Rastafari se não havia problema de ele ter a pele branca e seguir uma Religião de matriz Negra. Em uma voz pacífica e harmoniosa, o jovem respondeu que não havia conflitos na cor da pele, o problema não era pele, mas o coração. O coração, continuou a dizer o jovem, que não pode ser branco, mas se for negro estará bem. Ao expandir a explicação, aquele convertido do Rastafari disse que o coração negro é tribal, compartilha, não quer o domínio do outro, muito menos a superioridade, mas a cooperação, a paz e o amor. Já o coração branco, é perigoso, dizia o rapaz, pois escraviza, explora, atribui diferenças entre os iguais, maltrata a natureza. Essas observações de um jovem branco Rastafari corr