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Rio Doce O Rio Doce faz parte da minha história Suas lendas e contos minha mãe ditava Lembranças da infância e de suas estórias Recordações de uma terra que amava Refugiada em Santos contou-me suas lendas O temido afogador do rio - O Cabloquinho D’água A desobediência infantil transformada numa égua - Quem Bate no pai e na mãe vira “Mula sem cabeça” Mas nada me assustava mais do que o diabo Enraizado nas modernas máquinas das usinas Que do   gusa derretido fazia seu banho   macabro Balançando as pontes com suas mobílias Assustava   em Timóteo moradores e meninas Mas o Cão não só aparecia dentro da aciaria Perseguia crianças após os filmes de cinemas Transformava a diversão de muitas fantasias Na maldição do dito progresso, hipocrisias! Por isso os matutos em bailes cantavam no acordeão “Senhora dona de casa, fecha porta e apaga a luz. O demônio tá em casa, vamos rezar o credo em cruz” (Lá em Ipaba, na colina às margens do Rio Doce