Perdão humano. Cura divina.

 Na vida, as vezes, erramos por pouco.

Os diversos assuntos nos quais embrenhamos nem sempre nos deixa claro o que realmente precisamos e queremos.

Os quatros amigos do paralítico queriam vê-lo sarado, pois a doença - naquela época - além de ser incapacitante era acompanhada do estigma social do pecado, ou seja, ter doenças estava relacionado a rejeição divina, doença era a certeza de pecado. E aqueles quatros queriam essa remissão.

Mas, talvez, aquele homem poderia estar sofrendo realmente de algo interno não revelado nem aos amigos, um segredo íntimo, ou mesmo algum problema que a complicada mente humana esconde. 

As pessoas s sempre tem algo que não se dão conta, que lhes incomodam, sem que as consciências lhes demonstrem. Tal qual o coração de Geazi que corre para os prêmios de Naamã, ou mesmo a mãe aflita que responde ao profeta dizendo: Vai tudo bem! Há sempre algo por de trás das atitudes incompreensíveis.

Jesus teve sensibilidade humana para perceber o que ocorreia naquela casa que destelhada, então, como homem perdoou, como Deus curou.

As palavras de perdão foram suficientes para aquele na cama, certamente surpreendeu os quatros amigos, indignou os usurpadores do perdão. Mas, aquilo que não se viu, que realmente afetava, que estava no profundo invisível do coração do enfermo foi modificado pela palavra do homem Jesus. A cura externa não foi para o paralítico, mas para os incrédulos que não estavam dispostos a perdoar como homens, ou mesmo aceitar que o infortúnio é apenas uma das possibilidades da vida.

O que está escondido gera desconforto externo e aflora de modo incompreensíveis devido as normas e regras que ditam a exterioridade da vida com coerção coletiva. 

Jesus ensinou a observar além da coerção social coletiva, pois é amando que se evita a paralisia neurótica coletiva.

Natalino Rogelio Oliveira Soares

29 de abril de 2023

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